Futuros atingem novas máximas históricas após corte de taxa do Fed, enquanto curva de juros e commodities sobem
O primeiro (super) corte de taxa do Fed desde 2020 resultou em reações mistas nos mercados, com ganhos iniciais para ações, devolvendo após e, o mesmo movimento em Treasuries e títulos corporativos, subindo e devolvendo a alta. No entanto, essa reversão da reação inicial do corte foi revertida durante a madrugada, e os futuros de ações dos EUA estão se recuperando esta manhã, subindo para novas máximas recordes, em meio a ganhos na Europa e na Ásia, enquanto o ouro, que também sofreu a mesma reversão ontem, voltou pra testar sua nova máxima, os preços do cobre atingiram o nível mais forte em dois meses liderando uma ampla alta em metais básicos no que parece ser um despertar gradual do comércio de reflação.
O primeiro (super) corte de taxa do Fed desde 2020 resultou em reações mistas nos mercados, com ganhos iniciais para ações, devolvendo após e, o mesmo movimento em Treasuries e títulos corporativos, subindo e devolvendo a alta. No entanto, essa reversão da reação inicial do corte foi revertida durante a madrugada, e os futuros de ações dos EUA estão se recuperando esta manhã, subindo para novas máximas recordes, em meio a ganhos na Europa e na Ásia, enquanto o ouro, que também sofreu a mesma reversão ontem, voltou pra testar sua nova máxima, os preços do cobre atingiram o nível mais forte em dois meses liderando uma ampla alta em metais básicos no que parece ser um despertar gradual do comércio de reflação.
Às 9h00, os futuros do S&P subia 1,7%, e os futuros do Nasdaq subiram mais de 2,1% como parte de um trade global de risco. Semelhante aos cortes de taxas anteriores em ambientes macroeconômicos de desaceleração, o Nasdaq e o Russell estão superando o desempenho. Todos os nomes da Mag7 no pré-market estão em alta pelo menos 1,6%, com Semicondutores também estão mais fortes com NVDA +3,3%. O índice Stoxx 600 da Europa avançou até 1,4%, enquanto as ações asiáticas estavam um mar de verde, com uma cesta de moedas asiáticas atingindo máximas de 14 meses, mesmo com o iene japonês despencando com os traders mais uma vez de olho nos diferenciais de juros (Curva abrindo forte desde ontem). A curva de juros está se inclinando para cima, embora o 30Y esteja inalterado e o USD esteja estável. As commodities estão mais altas lideradas pelo complexo de energia com metais preciosos superando a base (ouro +1,3%, prata +4,0%).
Os dados de hoje, às 8h00 mostraram um BoE mantendo as expectativas de inalteração na taxa, até que mais dados bons de inflação cheguem, movimento que derrubou a Libra, pois era esperado.
E às 9:30 tivemos pedidos de seguro-desemprego dos EUA, que expõe um pouco o FED (depois do corte exagerado de 50bps), pois os dados de desemprego estão mostrando ainda um mercado de trabalho forte..
Não demorou nem 1 dia e já temos novos indicadores macro indicando o exagero do Fed no corte de 50bps (o que teoricamente seria o caro para um cenário de crise): os dados dos pedidos de auxílio-desemprego caíram para mínimas de vários meses, sinalizando uma economia que está longe de ser um "pouso suave", ou qualquer tipo de pouso...
- Os pedidos iniciais ajustados caíram de 231 mil para 219 mil (menor valor desde maio), enquanto os pedidos não ajustados (NSA = Non-Seasonally Adjusted) continuaram caindo para mínimas de 12 meses...
- Os pedidos iniciais ajustados caíram de 231 mil para 219 mil (menor valor desde maio), enquanto os pedidos não ajustados (NSA = Non-Seasonally Adjusted) continuaram caindo para mínimas de 12 meses...
Normalmente os pedidos de seguro-desemprego acompanham a taxa de desemprego oficial, publicada pelo BLS.
Embora a taxa oficial de desemprego tenha subido 0,5% desde o fundo no último ano, os pedidos de auxílio-desemprego caíram para níveis quase recordes.
Isso parece uma economia que precisa de um corte de 50 pontos-base na taxa?
Embora a taxa oficial de desemprego tenha subido 0,5% desde o fundo no último ano, os pedidos de auxílio-desemprego caíram para níveis quase recordes.
Isso parece uma economia que precisa de um corte de 50 pontos-base na taxa?
Se for pelas condições de financiamento estar muito apertadas, e a economia precisando de um alívio: Não é o caso
As condições de financiamento estão extremamente facilitadas (easing). Em azul o índice Financial Conditions do Fed de Chicago. O último corte tão grande com condições financeiras tão frouxas foi há 32 anos.
As condições de financiamento estão extremamente facilitadas (easing). Em azul o índice Financial Conditions do Fed de Chicago. O último corte tão grande com condições financeiras tão frouxas foi há 32 anos.
Wyllian Capucci
A grande maioria aqui está no time 25bps (eu também). Você como trader/gestor não precisa adivinhar o que vai acontecer (até porque os sinais do mercado estão mistos e pode vir qualquer coisa), mas você deve saber antecipar os possíveis movimentos em caso…
Sobre esse playbook que eu escrevi aqui na terça a noite:
O meu preview de reação do mercado ao corte de 25 ("corte hawkish" e playbook de reflação), acabou se concretizando com o corte de 50 do FED + Dot plot hawkish.
No balanço geral da reunião (corte + dot plot + coletiva do Powell), a reação em Bonds (caindo) e na curva (abrindo), com dólar ganhando força e Yen derretendo, afasta completamente o cenário de Risk-off que veríamos no caso de um FOMC dovish (stop de VaR em dólar, com Yen ganhando força e virando um efeito cascata).
O meu preview de reação do mercado ao corte de 25 ("corte hawkish" e playbook de reflação), acabou se concretizando com o corte de 50 do FED + Dot plot hawkish.
No balanço geral da reunião (corte + dot plot + coletiva do Powell), a reação em Bonds (caindo) e na curva (abrindo), com dólar ganhando força e Yen derretendo, afasta completamente o cenário de Risk-off que veríamos no caso de um FOMC dovish (stop de VaR em dólar, com Yen ganhando força e virando um efeito cascata).
Quando vamos fazer o preview de um dado, seja decisão de PM ou algum dado macro (como por exemplo o NFP ou CPI), temos que "isolar" esse dado. No NFP por exemplo, fazemos o preview da headline de criação de empregos, mas o relatório em si temos várias outras informações (Taxa de desemprego, Ganho por hora trabalhada, etc), que temos que olhar em conjunto após a reação inicial e fazer um balanço total do dado.
No FOMC não é diferente, por isso a montanha russa, com mercado subindo, depois caindo e hoje recuperando tudo.
No FOMC não é diferente, por isso a montanha russa, com mercado subindo, depois caindo e hoje recuperando tudo.
E particularmente, essa decisão do FOMC foi a mais difícil de prever de todos os tempos.
Wyllian Capucci
Ontem vimos as expectativas de economistas classificados na Bloomberg, antes da divulgação do statement às 15h. Apenas 8,7% dos economistas (10 de 114) esperavam um corte maior, de 50bps. Então, quais dados o FED está olhando pra justificar o corte maior?
104 de 114 economistas classificados na Bloomberg erraram. Todos esses concordaram que o correto a ser feito era um corte de 25bps, com base nos dados recentes.
Então, ou o FED está vendo algo que ninguém está (como por exemplo: os números reais, sem manipulações, do mercado de trabalho), ou são um bando de idiotas tomando decisões políticas por lá.
Então, ou o FED está vendo algo que ninguém está (como por exemplo: os números reais, sem manipulações, do mercado de trabalho), ou são um bando de idiotas tomando decisões políticas por lá.
Amanhã, na terceira sexta-feira do mês, tem OpEx trimestral (Quadruple Witching), onde vencem simultaneamente (em 4 vezes no ano: março, junho, setembro e dezembro) as opções de ações individuais, opções de índices e ETF's, opções de futuros de índices e os contratos futuros de índices.
Como vários vencimentos trimestrais anteriores recentes, o mercado está completamente exposto em Calls (com 85% do Delta notional posicionados em Calls) que após a subida de hoje estão praticamente 100% dentro do dinheiro
Como vários vencimentos trimestrais anteriores recentes, o mercado está completamente exposto em Calls (com 85% do Delta notional posicionados em Calls) que após a subida de hoje estão praticamente 100% dentro do dinheiro
Wyllian Capucci
Amanhã será o maior vencimento de opções de setembro já registrado, impulsionado pelos altos volumes de opções de índices e ETFs. Mais de US$ 4,5 trilhões em exposição a opções nocionais expirarão nesta sexta-feira, incluindo US$ 605 bilhões nocionais…
Embora isso estabeleça um novo recorde para uma expiração em setembro, é menor do que as outras expirações trimestrais de 2024.